30.9.07

Despi-me e entrei na água.

Subrepticiamente ela infiltra-se por todo o lado bebendo o calor que se liberta dos meus poros, aderido aos tecidos, à carne, embebendo tudo na sua canção melíflua, penetrando até ao âmago mais profundo.
Rapidamente dou por mim desprovido de pensamentos, assutado com o poder, reconheço agora, que esta tem sobre mim.

Admito: Tenho medo de me afogar, tal é a hipnose.

Surpreendo-me uma vez mais: de onde vêm estes braços que agora se apresentam?
São meus...e nado.

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